quarta-feira, 4 de julho de 2012

resenhas: Tralha e Street Ground zine


Já fazia um tempinho que não postávamos resenhas de zine aqui no Cabeça Tédio, porque não tinha feito trocas recentemente. Mas nesses tempos  recebi zines que não tinha e que são produções recentes, do final de 2011 e de 2012, o que mostra que apesar da internet, do tumblr e do instagram os zines de papel continuam vivos, obrigado.

Tralha #1 – 56 páginas – Meio ofício

O Tralha é o novo zine do Daniel Hogrefe, que fez do Tralha um zine focado em compilar, resgatar os diversos flyers e cartazes de shows underground, de shows punk/hardcore. Fazer esse zine impresso, em tempos de internet, é ainda mais legal por justamente permitir que em um mesmo suporte vejamos flyers diferentes, de estados diferentes e de épocas diferentes. Alguns deles eu já tinha visto, tanto em mãos quanto na web, e é massa revê-los e lembrar de algum show que queria muito ter ido, ou de uma banda que você curtia muito e parou de tocar, e ainda de alguma banda que já deveria ter parado. 






Ao longo das 56 páginas (pois é, o Daniel não economizou com xerox) os flyers são dispostos, um por página. No final do zine há um índice com o nome de quem fez, a cidade e o ano, o que é foda por mais um vez resgatar e historicizar shows e sua estética. Curioso é que dos 20 flyers listados no fim do zine 11 sabe-se a autoria, 9 são de autoria desconhecida, e desses 11, nenhum foi feito por uma garota. Claro que essa falta de garotas é mais um reflexo do punk (dos caras) como um todo. Se já existem poucas bandas de garotas e com garotas o que dirá de que fazem arte punk.

O zine ainda trás entrevistas com Daniel Ete (Muzzarelas) e com João Marcelo, responsável por vários flyers em Maceió. Se você se interessa por arte punk, esse é o zine.  Escreva para: 
tralhalab@gmail.com


Street Ground #1 e #2 – 12 páginas – Meio ofício

O Street Ground é feito por Rogério Alves, e é um zine focado em arte urbana e skate (e consequentemente no punk/hardcore que se ouve andando de skate). Colagens, fotografias de arte urbana e duas entrevistas dão o tom da #1. Uma com a banda Pushmongos, que acabou, mas tinha o vocal fodão da Mila puxando aquela energia foda que a banda tem. Tem uma entrevista também com o artista Eric Marecham, que tem o projeto “Street Art Without Borders”, que consiste basicamente em colar trabalhos de artistas diferentes nas ruas de países que Eric visita. 



Página interna da #2 edição

A #2 mantém a mesma linha de arte urbana e punk/hardcore. Há um registro da Fazinada no Masp, que rolou em novembro do ano passado e reuniou zines e zineiros de São Paulo, várias fotografias de street art e resenhas de música e zines. Peça a sua cópia: claskate@ig.com.br

Trocas, trocas e trocas..

2 comentários:

ataqueoufuga disse...

Saudade de (tentar) fazer zine!

boredcarla disse...

Saudade de você!