Já fazia um tempinho que não postávamos resenhas de zine
aqui no Cabeça Tédio, porque não tinha
feito trocas recentemente. Mas nesses tempos recebi zines que não tinha e
que são produções recentes, do final de 2011 e de 2012, o que mostra que apesar
da internet, do tumblr e do instagram os zines de papel continuam vivos,
obrigado.
Tralha #1 – 56
páginas – Meio ofício
O Tralha é o novo zine do Daniel Hogrefe, que fez do Tralha
um zine focado em compilar, resgatar os diversos flyers e cartazes de shows underground,
de shows punk/hardcore. Fazer esse zine impresso, em tempos de internet, é
ainda mais legal por justamente permitir que em um mesmo suporte vejamos flyers
diferentes, de estados diferentes e de épocas diferentes. Alguns deles eu já
tinha visto, tanto em mãos quanto na web, e é massa revê-los e lembrar de algum
show que queria muito ter ido, ou de uma banda que você curtia muito e parou de
tocar, e ainda de alguma banda que já deveria ter parado.
Ao longo das 56 páginas (pois é, o Daniel não economizou com xerox) os flyers são dispostos, um por página. No final do zine há um índice
com o nome de quem fez, a cidade e o ano, o que é foda por mais um vez resgatar
e historicizar shows e sua estética. Curioso é que dos 20 flyers listados no fim do zine 11
sabe-se a autoria, 9 são de autoria desconhecida, e desses 11, nenhum foi feito
por uma garota. Claro que essa falta de garotas é mais um reflexo do punk (dos caras) como um
todo. Se já existem poucas bandas de garotas e com garotas o que dirá de que fazem arte punk.
O zine ainda trás entrevistas com Daniel Ete (Muzzarelas) e
com João Marcelo, responsável por vários flyers em Maceió. Se você se interessa
por arte punk, esse é o zine. Escreva
para:
tralhalab@gmail.com
Street Ground #1 e #2
– 12 páginas – Meio ofício
O Street Ground é feito por Rogério Alves, e é um zine focado em arte urbana e skate (e
consequentemente no punk/hardcore que se ouve andando de skate). Colagens,
fotografias de arte urbana e duas entrevistas dão o tom da #1. Uma com a banda
Pushmongos, que acabou, mas tinha o vocal fodão da Mila puxando aquela energia
foda que a banda tem. Tem uma entrevista também com o artista Eric Marecham,
que tem o projeto “Street Art Without Borders”, que consiste basicamente em
colar trabalhos de artistas diferentes nas ruas de países que Eric visita.
Página interna da #2 edição |
A #2 mantém a mesma linha de arte urbana e punk/hardcore. Há
um registro da Fazinada no Masp, que rolou em novembro do ano passado e reuniou
zines e zineiros de São Paulo, várias fotografias de street art e resenhas de
música e zines. Peça a sua cópia: claskate@ig.com.br
Trocas, trocas e trocas.. |
2 comentários:
Saudade de (tentar) fazer zine!
Saudade de você!
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