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quarta-feira, 7 de setembro de 2016

10 álbuns lançados em 2016 que você precisa ouvir

Arte e texto: Cabeça Tédio

Faltam apenas três meses para o ano acabar! E este ano não decepcionou no quesito música, pois bons álbuns foram lançados até agora. Por isso, como no ano passado, listamos 10 discos que você precisa ouvir. A nossa lista compila música feita por mulheres (ou que tenha mulheres na banda); música independente e contracultural e também alguns grandes álbuns que mesmo não sendo contraculturais se destacaram pela representatividade e força que carregam. A lista contempla full lenghts e eps e não seguiu nenhuma ordem específica, ok?
E para você, quais discos de 2016 são importantes?


DEF - Sobre Prédios que Derrubei Tentando Salvar o Dia - Parte 1
A primeira vez que ouvi a carioca DEF foi ao vivo, em um show em Volta Redonda/RJ. Os primeiros acordes já chamaram atenção, não era uma sonoridade comum nos roles faça você mesma. Era notável que as músicas eram intensas, resultado de experiências delicadas. Sobre Prédios que Derrubei Tentando Salvar o Dia - Parte 1, lançado pela Bichano Records, não decepciona. Muito pelo contrário. O quarteto, influenciado por Ludovic e Cap'n Jazz, de alguma forma me lembrou da atmosfera de Gigante Animal, só que com uma visceralidade mais latente. Destaco "Dissolvendo" que realmente faz jus ao nome. Apoie a banda comprando camiseta, ep e indo aos shows, isso permite que eles continuem fazendo música.



Actual Crimes - Ceramic Cat Traces
Ainda falando em bandas catárticas, que levam você para os sentimentos conflituantes, está a Actual Crimes. De Londres, o power trio é claramente influenciado por Sleater-Kinney.  A música deles resgata boas referências sleaterkinneynianas, como alguns riffs e os encontros dos vocais de Ruth, Kirsty e Aaron em "Heavy Air". Claro, este não é o único mérito da banda. Actual Crimes tem sua própria identidade e força, fazendo um post-punk cheio de qualidade, que de alguma forma ainda me faz lembrar também da sonoridade de Cadallaca. E no bandcamp elas também usam a tag "queercore", um plus a mais pela representatividade.



Savages - Adore Life
Toda força, toda violência de Savages se materializa de forma única em Adore Life. Lançado em janeiro pela Matador Records, o disco torna impossível não elogiarovular Jehnny, Ayse, Gemma e Fay. Desta lista, é certamente a banda mais catártica, que fala sobre amor e humanidade de forma única. De punhos cerrados na capa, o álbum começa com "The Answer", o jeitinho romântico e caótico savaginiano. Melhor do que tentar descrever, é você mergulhar neste álbum. Não sou particularmente boa com tecnologias como Spotify ou Deezer, mas encontrei este link. Para quem gosta do bom e velho Soulseek, lá você encontra o disco.



Alice Bag - ST
2016 foi o ano do lançamento do primeiro álbum solo da lenda viva Alice Bag. A vocalista e uma das fundadoras do The Bags - uma das primeiras bandas punks de Los Angeles - sempre colocou em suas músicas questões de raça, classe e gênero. Hoje, a chicana carrega mais representatividade ainda, por ser uma pequena parcela da música independente de cabelos brancos que faz jus à sua juventude. Lançado pela Don Giovanni Records que não está para brincadeira, o disco tem momentos rock and roll, sempre carregado de punk rock e requebrância. Mas ela não se agarra a um gênero de música, "Suburban Home", por exemplo, chama atenção pelo piano e violino. Ah, a Allison Wolfe (Bratmobile) é uma das colaboradoras deste disco que você deve ouvir já! Confira também esta entrevista para a Bitch Media.



Tacocat - Lost Time
A banda de Seatlle lançou pela Hardly Art Records o álbum Lost Time. A sonoridade punk com pegadinha pop continua a mesma, assim como os bons vocais do quarteto. Não é o meu álbum preferido delas, mas tem boas músicas, que fazem piada/links com cultura pop. Um exemplo é 'Dana Katherine Scully', apenas uma das referências que a banda faz ao seriado Arquivo X. "FDP" fala sobre o famigerado primeiro dia da menstruação, e é a segunda música da Tacocat que fala sobre menstruar. A primeira é a muito boa "Crimson Wave". Já "Men Explain Things To Me" é uma crítica ao "homexplicanismo", o conceito que define quando um homem explica coisas que uma mulher já sabem a fim de ridicularizá-la.



Kitten Forever - 7 Hearts
A crudeza do punk, da escola Bratmobile-Mika Miko, a força do baixo e muita irreverência. Essa é sempre a constância do power trio de Minneapolis. 7 Hearts é o terceiro álbum de Kitten Forever, que já saiu em tour com Babes in Toyland e tocou com JD Samson, e mantém a mesma cadência dos discos anteriores. Destaque para a dançante "200X" que junto com "Nightmare", vão agradar profundamente as fãs de Allison Wolfe.



Thin Lips - Riff Hard
Depois da demo Divorce Year, Thin Lips nos presenteia com Riff Hard, primeiro full lenght da banda da Filadélfia, lançado pela Lame O Records. O instrumental todo é muito bom e segue toda a boa cartilha pop punk. Por isso, sinto que talvez eu injustice um pouco a banda, mas o que mais brilha nos meus ouvidos é o vocal da Chrissy, que é aquele vocal feminino não muito agudo que não tem como não amar nos pop punk.



The Julie Ruin - Hit Reset
Todas estávamos com saudades de Kathleen Hanna, né? Após três anos do lançamento de Run Fast, a ícone do punk feminista e Kathi Wilcox, Kenny Mellman, Carmine Covelli e Sara Landeau lançam Hit Reset pela Hardly Art Recods, em julho deste ano. Este não é um álbum de grandes hits e sim uma boa volta de Kathleen aos palcos, uma vez que ela vem se recuperando da Doença de Lyme. Espere muitos tecladinhos e aquele vibe Le Tigre, no sentido dança de robô do termo. Run Fast me agrada mais, mas o disco atual tem ótimas músicas, como, Mr So and So, que critica os rapazes feministos que são desconstruídos enquanto isto é conveniente para eles. Você já sabe onde baixar a versão gratuita, né?


Tegan and Sara - Love You to Death
Love You to Death (Warner) afundou os pés das irmãs canadenses no pop. A energia e vibe dos sintetizadores dos anos 1980 e uma pegadinha meio Cindy Lauper dão o tom da nova fase de Tegan and Sara. Se você gostou de Heartthrob, pode preparar para amar e requebrar bastante com o novo álbum. Até agora, os sons que mais gostei foram, "Boyfriend", "Stop Desire" e "100x".



Beyoncé - Lemonade
Facilmente este é um dos discos que mais ouvi este ano. Não sou profunda conhecedora do mundo Pop, tão pouco da indústria musical, mas considero Lemonade um álbum completo. Além de mostrar um lado musicalmente diferente de Beyoncé, ele é propositalmente politizado, colocando questões que talvez demorariam muito mais tempo para chegar à muita gente. Apesar da produção do disco ser assinada por muitos homens, diminuindo a visibilidade de outras produtoras e profissionais da área, ele fala de forma pertinente sobre feminismo, racismo, genocídio da juventude negra e empoderamento da mulher. Um exemplo é a letra de "Hold Up". O reggae do álbum fala sobre gaslighting, que é uma forma de abuso psicológico no qual as informações são distorcidas, inventadas ou omitidas de forma seletiva para que a vítima duvide de sua memória e sanidade. Por isso, "What's worse, lookin' jealous or crazy?" (livre tradução: "o que é pior, parecer ciumenta ou louca?"). Este é realmente um álbum visual, pois ao assistir o filme, a narrativa estética complementa muito as músicas. E no fim do dia, estamos vendo Beyoncé performar, dançar e dar muitos mais sentidos às canções. E claro, Lemonade não deve nada em termos de rebolation. Dá para sarrar bastante mesmo. É difícil destacar algumas músicas, mas se você ainda não ouviu recomendo começar por "Don't Hurt Yourself", "Sorry" e "Freedom".


sábado, 9 de abril de 2016

Links da Semana #2



E olha só, não é que o Links da Semana vingou? Recebi dois feedbacks que foram mais do que o suficientes para me motivarem a continuar com este post (aliás, obrigado por eles!). Eu adoro esse tipo de post e penso que devem ter outras nerds por aí que também gostam e talvez vão curtir ler este. E esta meta de manter um post por semana é bem ousada pra mim e estou satisfeita por ter conseguido fazer! Mas chega né? Vamos ao que interessa!

Patti Smith

"Você continua fazendo o seu trabalho porque você precisa, porque é o seu chamado. Mas é bonito ser abraçada pelo público"

A bruxa Patti Smith concedeu ao Louisianna Channel uma entrevista. Com o título 'Advice to the Young', ela dá um sopro de inspiração e motivação com vários conselhos para os jovens. Recomendo que você pegue aquela bebida que você adora, se sente confortavelmente e aprenda com ela durante os seis minutos  de vídeo. E o melhor: nos vídeos relacionados ela fala sobre outros temas! No entanto, os vídeos (por enquanto) têm apenas áudio em inglês. Para quem não compreende inglês, traduzi algumas falas que achei significativas. Assista aqui.

"O conselho que o William [Burroughs] me deu foi para criar um bom nome. Mantenha o seu nome limpo. Não se comprometa. Não se preocupe em ganhar muito dinheiro ou com ser bem-sucedida. Se preocupe em fazer um bom trabalho e proteja o seu trabalho"

"O que importa é saber o que você deseja e se ocupar disto. E entenda que vai ser duro porque a vida é realmente difícil. Você vai perder pessoas que você ama, você vai sofrer com uma decepção amorosa, você vai ficar doente, as vezes você vai ter uma dor de dente realmente ruim, as vezes você vai sentir fome. Mas por outro lado você terá as experiências mais bonitas."


Menstruação 
Este post do site Like Mag fala sobre as diferentes cores da menstruação e seus significados. A menstruação meio rosada, por exemplo, normalmente é de um dia mais fraco. Mas se a cor rosa marca o período todo pode indicar flutuações hormonais. O fato é que eu nunca tinha lido sobre isto e a partir de agora vou começar a buscar mais referências sobre o assunto. Se você está na mesma situação que eu, é interessante fazer o mesmo. Afinal, nós temos que conhecer o nosso corpo. 

Fashion Rebels 
Lorena Lacerda escreveu para o Imprensa Feminista sobre a 'Geração Tombamento' (homens e mulheres negras que são sinônimo de empoderamento e representatividade) da África do Sul, os 'Fashion Rebels', um grupo de moda (street style) idealizado em 2012 por Maitele Wawe, Thifhelimbilu Mudau e Sizophila Dlezi. Em um mundo onde a beleza e estética negra é pouco celebrada, se amar e se posicionar estético-politicamente é resistência. O artigo foi replicado no Geledés, e como o link do Imprensa Feminista estava quebrado, linkei do Geledés. Leia aqui.


Débora Silvia Maria, fundadora do Mães de Maio
Edson Rogério da Silva, filho de Débora, trabalhava como gari e aos 29 anos (em 2006) foi assinado pela polícia com nove tiros. Ele é uma das centenas de vítimas do 'Crimes de Maio'. Após perder o filho, Débora criou um dos movimentos sociais mais importantes do Brasil, o Mães de Maio, que luta contra o genocídio da juventude negra e periférica. O CEERT (Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades) publicou uma matéria sobre ela, que conta com o vídeo "Especial - Eu, mulher na Unifesp - Do Luto à Luta". Leitura essencial para tods.



Filmes dirigidos por mulheres
O Mulher no Cinema listou 5 filmes dirigidos por mulheres para assistir este mês no Netflix. Você não é assinante? Não tem problema, pois você pode buscar os títulos via torrent! Ou melhor, você pode combinar com as migas uma sessão e ainda debater o filme depois!

As séries e o teste Bechdel
Ainda falando sobre audiovisual, "vocês não sabem o quanto eu caminheeeei". Busco por um site que escreva sobre séries de forma opinativa com aquele toquinho de feminismo há muito tempo. E acho que finalmente encontrei um para colocar na barra dos favoritos. Foi lendo os questionamentos de Letícia Arcoverde sobre a suficiência do teste Bechdel que o encontrei. Pra mim, além de passar no teste Bechdel a série precisa ter personagens sólidas, vibrantes e bem humanas para fazerem a diferença. Eu sou a muito louca das séries também e qualquer hora devo soltar alguns posts a respeito por aqui. Leia.

Abbi & Ilana
Você foi broadcityzada? Você viveu a série? Você não se esquece da Ilana conhecendo a garota mais linda do mundo? Então vem amar comigo este tumblr que tem zilhões de gifs e fotos das criadoras da minha série de comédia preferida, Broad City. Se você não conhece, dá um confere em trailers no Youtube. É pra quem curte nonsense. Se você curtir, é só baixar o torrent e as legendas estão no Legendas.TV (valeu, LikaPoetisa!). Tumblr.

BeeSweet Lemonade
A pequena empreendedora de 11 anos, Mikaila Ulmer criou a BeeSweet Lemonade, uma marca de limonada feita com mel, seguindo a receita de sua avó. Sei que mel não é vegano, mas gostaria de pensar em outro ponto desta históia. Além da Mikaila ser uma inspiração para outras crianças negras, ela mostrou que é possível fazer algo bom com algo desagradável. Ela ficou fascinada com abelhas aos 4 anos, após ser picada por uma. Se existem pessoas que criam traumas com coisas pequenas, a Mikaila se instigou com seu episódio desagradável e criou a partir dele. Quero ser como ela! Saiba mais.
Ah, e a história dela me lembrou também do incrível filme 'A Vida Secreta das Abelhas', que fala sobre a força das mulheres negras e abuso, de forma forte e delicada. Se você ainda não assistiu, coloque na sua lista!

Riot Grrrl Day
Hoje é comemorado o Dia Riot Grrrl em Boston, em homenagem a Kathleen Hanna! A data é comemorada desde o ano passado. Mesmo sendo link antigo, vale a pena conferir!

Laura Athaíde 
Este é o recado da Boobie Trap nesta semana. Como um soco bem no meio da cara, né?




1991: The Year Punk Broke
Muitas vezes eu peco pelo excesso de referências a textos e tudo em inglês. Ainda não domino espanhol, por isso não dou tantas referências nesta língua. Mas uma amiga compartilhou este link e vai ser massa pra você que manja espanhol. Trata-se do documentário '1991: The Year Punk Broke' com legendas em espanhol. O longa mostra uma tour européia de Sonic Youth e Nirvana. Babes in Toyland, Ramones e Dinosaur Jr também são retratados, além de outras bandas. Confira

MIAU: Movimiento insurrecto por la autonomía de una misma 
Este documentário chileno é um "convite à um mergulho em si mesma, uma provocação para a tomada de nossas corpas de volta". Palavras da Ellen, da Bruxaria Distro, que compartilhou este documentário. A Bruxaria Distro e a Biblioteca Terra Livre providenciaram a legenda em português do longa, que começa com uma cena de parto natural. O documentário está no Vimeo e também conta com legendas em francês e espanhol. Para ativar a legenda, basta clicar em "CC" (fica no canto direito, próximo a HD") e pronto! Assista!

The Dresden Dolls
Após quase 10 anos em hiato, Amanda Palmer e Brian Viglione anunciaram shows de reunião! Saiba mais.

Para aprender a bordar
A Helen M. fez um guia para iniciantes que querem aprender a bordar. Para você que é talentosa com as mãos, entre em contato com ela e babe no trampo kawai feat fofo dela.

10 Booktubers para assistir
O Minas Nerds fez uma lista incrível esta semana. Selecionou 10 mulheres que falam sobre livros (as booktubers, youtubers que falam sobre livros). Da lista, eu só conhecia a Tati Feltrin, do Tiny Little Things. E foi assistindo o canal dela, no fim do ano passado, que eu me inspirei para 'desempacar' algumas leituras (quem acompanha o Instagram do blog viu) antigas e começar o ano lendo. E já que o assunto são os livros, indico também o perfil @sistersreading. Acompanho as irmãs Esmeraldo no IG e gosto muito da estética delas e de alguns livros que elas resenham. Leia!


Corte de cabelo
A russa Katichka compartilhou no Instagram seu novo corte de cabelo e é apenas mara-vilhoso. Segundo o Bored Panda, este tipo de corte é chamado de "Hair Tattoo" (Tatuagem no Cabelo), onde o undercut (quando você raspa a parte de trás da cabeça) é cortado para formar um desenho. Apenas quero isso também! Saiba mais.



15 ilustradoras britânicas para conhecer
Sabe aqueles desenhos fofos que parecem ter saído de um livro infantil? Então, este post está cheio deles, com referências de várias ilustradoras britânicas que vão te levar pro mundo delas. O texto é escrito em espanhol, mas até eu que não manjo, entendi. Confira!

Tegan & Sara
As gêmeas mais famosas divulgaram 'Boyfriend', do novo disco Love You to Death que será lançado em julho. Antes de ouvir a música, rola uma entrevista, e a Sara explica que é uma música pop que fala sobre ela querer oficializar o relacionamento dela com uma mina que nunca tinha namorado garotas. É aquele popzão na pegada de Heartrob (2013) pra dar aquelas reboladinhas marotas. Ela dá o recado "Você me trata como se eu fosse seu namorado, mas eu não quero ser um segredo". Ouça! 


Beyoncé
Deus,digo, Beyoncé, foi entrevistada pela revista ELLE. E o 'The Culture', do portal For Hariet, fez justamente o que eu precisava. Selecionou os momentos da entrevista em que Queen B fala sobre racismo, as 'polêmicas' (criadas) sobre seu clipe Formation e sobre feminismo. Leia aqui!

O jogo da ascensão profissional para Mulheres
A página Empodere Duas Mulheres traduziu um vídeo do Comedy Central sobre um ""jogo"" sobre o sucesso das mulheres no mercado de trabalho. Ele usa exemplos reais (como assédio e sexismo) para criticar a forma que o mercado trata as mulheres. É um vídeo curto de humor, pode ser uma boa opção pra mostrar para aqueles homens que não desconfiam de seus próprios privilégios. Assista.

PJ Harvey
Ela divulgou mais uma música de seu novo disco, The Hope Six Demolition. Ouça 'The Orange Monkey'.

The Julie Ruin
O segundo álbum da banda de Kathleen e Kathi já tem data de lançamento: 8 de julho. Ao menos, foi isso que entendi vendo este vídeo.

O ato de nomear espaços e o racismo
Nomear ruas, história e memória são, antes de tudo, instâncias de poder que se constroem por quem quer escrever os acontecimentos. No texto "Nomes de ruas: uma faceta do racismo", Stephanie Ribeiro explica como a política higienista do século XIX e a prática de nomear ruas é racista. 



E fechamos o Links da Semana com este recado importante. Até a próxima semana! =) 


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Achou o post muito longo? Cansativo? É melhor colocar menos links? Ando muito perguntadeira nesses tempos né? Haha

domingo, 30 de agosto de 2015

Mixtape#16: Visibilidade Lésbica

Arte: Cabeça Tédio
No dia 29 de agosto, é celebrado o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica. É fundamental mostrar que as lésbicas existem, resistem, sofrem opressões específicas, são reais e incríveis. Especialmente em um mundo heterocapitalista como o nosso, é importante demais ouvir e celebrar músicas sapatãns que falam sobre crushs, alegrias, amores, tristezas e tudo mais que cabe numa música. Porque isso torna visível o amor entre mulheres e a cultura lésbica. Porque celebrar a resistência e a coragem de ser quem você é, é um ato afetivo, político e incrível de ser fiel a você mesma.

A melhor forma que encontrei para falar sobre a data foi fazendo a Mixtape#16: Visibilidade Lésbica que, obviamente, só tem músicas de bandas e artistas lésbicas. A nossa pauta é sempre divulgar bandas contraculturais feministas, queer e com mulheres. Por isso a capa da mixtape não podia ser outra: Team Dresch, fotografadas por Tammy Rae Carland, outra artista lésbica e feminista que tem como berço o Riot Grrrl.

Team Dresch é/foi uma banda formada por Donna Dresch, Kaia Wilson, Jody Bleyle e Melissa York em 1993. Elas são lésbicas e seus álbuns "Personal Best" e "Captain my Captain" são grandes referências no Queercore, assim como a própria banda.

Em 2013 o blog True Love convocou a Semana de Blogagem Coletiva pela Visibilidade Lésbica e Bissexual e rolaram posts muito bons, como este que fala sobre (in)visibilidades lésbicas na Literatura. O link do True Love está quebrado, mas esta semana o Imprensa Feminista postou muitos textos que recomendo que todxs leiam. Nos educando temos maior potencial para minimizar nossa lesbofobia e sermos pessoas menos babacas.

Alguns blogs celebram a data como dia da Visibilidade Lésbica e Bissexual. Eu não mencionei a bissexualidade para invisibilizá-la, apenas preferi focar na visibilidade lésbica porque acho importante, por ser uma pauta diferente da bissexual e por existir também o Dia Internacional da Visibilidade Bissexual, que é dia 23/09. Ou seja, uma oportunidade para falar apenas sobre as bees.
Tentei criar uma playlist que fosse diversificada para mostrar variadas músicas, artistas e sentimentos. Por isso, além de selecionar bandas da cena punk/hardcore e independente, coloquei artistas como Ellen Oléria e Mary Lambert. Também me preocupei com a sonoridade da mixtape como um todo, por isso tentei encontrar uma unidade musical entre todas. 

Para quem gosta de uma sonoridade mais indie, tem a incrível Allison Weiss. As bandas propriamente ditas do punk/hardcore/queercore são Team Dresch, Longstocking, Songs for Moms, Little Lungs e Feral Future. Não resisti e tive que colocar uns sons mais pop feat bate cabelo com Gossip, The Butchies (num som remix), Uh Huh Her, Tegan and Sara, MEN e fecho a playlist com a calientíssima "Don't You Want It", de Lovers. Fazer mixtapes não é fácil e especialmente esta foi difícil, mas espero que alguém curta, que faça sentido pra você, que seja uma boa trilha sonora e que até mesmo te faça pensar naquela crush que até hoje você tenta entender o que foi. Ufa.

(Temos outras duas mixtapes sobre a comunidade LGBT: Stonewall Riots e Love Wins!)

Tracklist Mixtape #16: Visibilidade Lésbica

01. Ellen Oléria - Geminiana
02. Mary Lambert - She Keeps Me Warm
03. Allison Weiss - Fingers Crossed
04. Little Lungs - Loft Coffin
05. Longstocking - Goddess pt.4
06. Team Dresch - Take On Me
07. Songs For Moms - Coney Island
08. Gossip - Dangerr
09. Feral Future - Xoko
10. The Butchies - Disco
11. Uh Huh Her - Many Colours
12. Tegan and Sara - I Couldn't Be Your Friend
13. MEN - All The Way Thru

domingo, 28 de junho de 2015

Pra bater o cabelo Mixtape#15: Love Wins!

JD fucking Samson 

A Suprema Corte dos Estados Unidos legalizou o casamento homoafetivo em todos os estados do país, na sexta-feira, dia 26. Por isso, o Facebook criou o app "Celebrate Pride", que permite você deixar a sua foto de perfil com as cores do arco íris e a minha timeline inteira virou um arco íris e ainda está bem colorida. YAY!

Um gesto simbólico apenas, mas que pode renovar a simpatia de algumas pessoas pela humanidade, especialmente em tempos em que a bancada do Congresso é extremamente conservadora. Essas cores todas deram um quentinho muito bom por dentro! Lembrando que desde 2013, casais do mesmo sexo podem se casar no Brasil.

Claro, tudo não são flores, os EUA continua sendo um país imperialista e isso é sobre respeito e não sobre assimilação. A luta continua, com certeza, mas por aqui aproveito esse clima incrível de um momento histórico para fazer a Mixtapex#15: Love Wins!, só com destruidor les-bi-cha pra bater a cabela na buacthy. Vem botar a cara no sol!


Tracklist Mixtape #15: Love Wins!

01. Le Tigre - Dyke March 2001
02. Lovers - Boxer
03. Gravy Train - You Made Me Gay
04. Peaches - I U She
05. Chicks On Speed - For All The Boys In The World
06. Lesbians On Ecstasy - Summer Luv
07. Tegan and Sara - Closer
08. The Gossip - Men In Love
09. JD Samson & MEN - Who Am I To Feel So Free?
10. Gloria Gaynor - I Will Survive

Mixtape #15: Love Wins! - Download