Esse é o segundo post, na sequencia, falando sobre Kathleen Hanna ou algum projeto dela. Vejo isso como uma feliz coincidência e uma falta de criatividade para postagens. Esses últimos tempos, particularmente, não tem sido fáceis para blogar. Mas, vamos ao que interessa!
Dia 12 de novembro, mais conhecido como exatamente hoje, é o aniversário dela. E como já diria um dos sambistas que mais castigou o violão "depois que eu me chamar saudade não preciso de vaidade, quero preces e nada mais". Claro que esperamos que ela viva bastante, mas como essa canção do Nelson Cavaquinho fala sobre homenagear quem se gosta em vida, nós fazemos isso porque é importante.
A feminista em foto deste ano, demonstrando apoio ao Pussy Riot |
Desde ontem, na página do facebook do Cabeça Tédio (e do Histérica também) nos postamos algumas indicações de tumblrs e desejamos um happy bday para ela. Uma das indicações foi o Fuck Yeah Le Tigre, tumblr não oficial da banda que tem várias fotos que (pelo menos que eu tenha visto) não circularam muito na internet.
Um amigo conseguiu encontrar um link que não estava quebrado do Viva Knieval (coisa que eu ainda não tinha encontrado. Ele achou esse e vários outros que usei nesse post), segunda banda de Hanna e uma das primeiras em que ela contou. Trata-se de "Boy Poison", de 1990, único registro da banda. Eles lançaram o material, fizeram um tour e pouco tempo depois terminaram. Baixe aqui. Link encontrado neste blog.
16 anos? Foto retirada do blog de Kathleen Hanna |
Lendo a entrevista que ela deu para o Teenage Film - em que ela comenta sobre sua adolescência, uso de drogas e processo criativo para compor melodias e letras e várias outras coisas, altamente recomendável - uma passagem chamou minha atenção:
"I guess after years of doing Bikini Kill, I started feeling like I
didn’t want to be anyone’s ‘riot mom’ anymore. Sure, I wanna have
connections with people of all ages but I don’t wanna be anyone’s Mom. I
don’t want to be handing down advice; it’s such a condescending role to
be in."
"Eu acho que depois de anos fazendo o Bikini Kill eu comecei a me sentir como se eu não quisesse mais ser a "mãe riot" de ninguém. Com certeza, eu quero me conectar com pessoas de todas as idades, mas eu não quero ser a mãe de ninguém. Eu não quero estar dando conselhos; é um papel tão condescendente de se estar."
Por ser algo que, possivelmente nós fazemos - torna-la um modelo ideal e inatingível, como se dela emanasse a verdade - as vezes de forma inconsciente (ou levemente consciente), é importante atentar para isso e não agir sem pensar.
Acho que se fizeram dela uma "Riot Mom" isso tem a ver, um pouco, com a falta de "role models", de pessoas que nos inspire (politicamente, criativamente, esteticamente) e com a própria "endeusação" que ela sofre no Riot Grrrl. Não acho que as duas coisas sejam estritamente erradas e ruins, basta a gente ter clareza suficiente para tentar entender e dialogar com a arte dela, e não apenas coloca-la em um pedestal e a tratar como "mãe".
Gif maroto que encontrei no tumblr |
Mixtapes! Não consegui fazer uma a tempo, mas indico uma mixtape só com b-sides e raridades dela, feita pela blogueira Chenilla O, que escreve o blog Don't Dance Her Down (recomendo para nerds do Riot Grrrl). O link direto para dowload é esse.
Mixtape Kathleen Hanna:
Stepping Up To The Mic- Kathleen Hanna
Crazy Doctor- The Wondertwins
Secret Language- The Wondertwins
Go Home (Live)- Joan Jett & K. Hanna
Heartbeat- Kathleen Hanna
I Wish I Was Him- Kathleen Hanna
No Success- Atari Teenage Riot
Rockstar- Kathleen Hanna
Mr. Magazine Man- Kathleen Hanna
Sisters O Sisters ft. Le Tigre- Yoko Ono
Kalvinator- Viva Knievel
I Hate Myself- The Wondertwins
Letterbomb ft. Kathleen Hanna- Green Day
Projetos recentes
Kalvinator- Viva Knievel
I Hate Myself- The Wondertwins
Letterbomb ft. Kathleen Hanna- Green Day
Projetos recentes
Lembrando que atualmente ela está compondo, junto com Kathi Wilcox (que tocou com ela no Bikini Kill), Sara Landou, Carmine Corvelli e Kenni Mellman, um novo álbum do Julie Ruin - o primeiro álbum que ela lançou com o pseudônimo foi em 1997 - e há um documentário sendo feito sobre o trabalho dela, chamado The Punk Singer, dirigido por Sini Anderson. Uma das últimas notícias sobre foi a procura por apoio financeiro que a diretora precisava para finalizar o filme.
E mais uma coisa, no mínimo curiosa. Outras duas escorpianas que tem bandas incríveis, aniversariaram recentemente e no mesmo dia! Foi dia 9 de novembro o aniversário de Corin Tucker (não vou dizer em qual banda ela tocava ¬¬) e Allison Wolfe (também não vou dizer). Ambas merecem postagens só para elas, com comentários sobre suas novas bandas e projetos. Pretendo logo menos fazer isso.
Foto: Cool Mom's (uma das últimas bandas de Wolfe), encontrada neste rumblr |
Ah, Corin. As duas fotos, com as duas de óculos, não foi de propósito. Ela lançou seu segundo álbum solo recentemente,chama-se Kill My Blues. |
Parabéns, Kathleen Hanna! Parabéns Corin Tucker! Parabéns Allison Wolfe! Keep on moving, keep on living!
Um comentário:
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