sexta-feira, 9 de outubro de 2009

entrevista: Mahatma Gangue



Tinhamos planejado essa entrevista como uma entrevista split: Mahatma Gangue e o Renegades of Punk, em função da Tour Sudeste delas que começam hoje, show na Audio Rebel (Botafogo) junto com Os Estudantes e os capixabas do Micareta Reich. Mas Dani não respondeu, então fica registrado aqui a entrevis com Mahatma Gangue, respondida pela Ingrid, perguntas por Carla, Fernando e Dani.

(CT)Vocês acham que há mesmo uma tendência musical dentro do punk, que muda de tempos em tempos? E voces arriscam dizer qual será a próxima?
Acredito que sim! Dá pra sentir isso nas novas bandas que vão se formando.

(CT)A rede de amizades que o punk cria é uma das coisas mais incríveis que existem. Ser recebido em qualquer canto que voce for, de certa forma, confirma muita coisa do que a gente passa acreditar quando nos envolvemos com o punk. Voces sentem isso também?
Sim, bastante! Senti isso na pele na última viagem que fiz, um monte de gente me abrigou sem nem sequer ter trocado uma palavra comigo antes. A Carla é um exemplo disso, eu conversava com vc, mas pouco, mais sobre zines e bandas. Cheguei aí em Barra Mansa e você me abrigou da melhor forma possível, mesmo sem me conhecer... Tenho vários exemplos de mesmas situações.



(CT)Como rolou essa turnê sudeste pras bandas? Quais são as expectavias pros shows e aonde estão mais ansiosos pra tocar?
Estavamos no rio na casa da tia de Gustavo, Pedro e eu, falando de shows e da banda, daí rolou o convite de Gustavo e de Klebinho (Oxenti Recs), de tocar e coincidir algumas datas com as do ROP. Foi meio de supetão, mas topamos na hora.
Dia 18, vai ter um show que o tema é o pedal FUZZ, é em SP, nem sei o nome do local, estou bastante anciosa mais pelas bandas que vão tocar que são Fuzzfaces e Haxixins (as quais gostaria muito de ver tocando), a gente foi convidado pra tocar, mas ainda não é certeza, pelo show ser temático e não usarmos fuzz nas fornossas músicas. De qualquer ma, mesmo se não tocarmos estaremos lá.

(CT) Acontece por aqui das bandas locais serem mais apreciadas em outros estados, por motivos diversos, e vocês estão divulgando na turnê o cd split, como é a receptividade do pessoal de Sergipe e Mossoró em relação a música de vocês?
Aqui em Mossoró, não é aquela coisa explosiva e avassaladora, mas o pessoal compra o nosso material e vai pros shows e apesar de vivermos tocando no beco das frutas, ainda assim perguntam do próximo show, se vamos tocar... demonstram interesse! Então já é alguma coisa! Talvez com a turnê, a coisa se expanda mais.



(Dani)O que te fez tocar numa banda punk? Alguém ou alguma ideia especial te inspirou?
Acho que a primeira banda com meninas que vi em show na tv foi a Hole, junto com uma amiga minha, e vendo o show já pensamos em uma banda, o nome, como seria o som e juntou a vontade de querer tocar músicas própias, esse negócio do rock'n roll, tocar um estrumento, gritar no microfone e daí saiu. Não diria que a Hole me inspirou, já que máquinavamos uma banda há algum tempo mas o show na época foi muito empolgante, e foi a faísca pra formar a banda... Que não era nada parecido com a Hole, nem o que nós esperavamos, mas...

(Dani)O fato de você ser uma mulher tocando numa banda punk tem alguma relevância para você pessoalmente ou para o cenário local? Porque?
Pra mim não tem nenhuma relevância, já pro cenário local sim. Pelo escasso de meninas no meio musical, não só no punk. Eu mesma, não conheço nenhuma banda que esteja ativa em Mossoró, que tenha meninas participando.

(Dani)Como anda os projetos da banda e a cena local aí?
Os projetos vão com tudo! Estamos sempre tocando por aqui, em julho fizemos uma turnê pelo litoral do RN, passamos por cinco cidades, todo mês está havendo show na cidade, e quase sempre estamos dentro. Estamos anciosos agora pela Tour no Sudeste, esperamos que seja divertido e proveitoso para a banda. Temos projetos pra um cd também, quem sabe a té o fim do ano, a gnt grave, vai depender de tempo e dinheiro.
A cena local não mudou muita coisa, continua com quase as mesmas bandas, outras que mudaram de nome ou voltaram pra estrada. Agora temos um point aqui dos rockeiros, que todo mês estamos fazendo shows, que é o Nasdir drinks, apesar de poucos pagarem a entrada mas sempre da gnt dentro e fora local. Toda quarta tem um evento, que sempre tem bandas, as vezes tem exibição de filmes, exposição de arte que é bem legal também. Todo mês está havendo a bicicletada, próximo mês começa o Salada de vinil, que vai ser mensal e vai ter música e filme. É isso... a cidade não está parada.

2 comentários:

Café no sangue cura. disse...

Otima materia. Quero esses renegados logo aqui com os mahatma. Foda.

Luís disse...

daora ae mermo a entrevista acho sempre interessante vê as mulé ae a frente dos sons tem que mostrar que som não é só pra macho mermo não tem que regaçar todo mundo junto , eu não conheço o som não mais verei logo coé da banda e talz!!!