O show rolou sábado, 18 de setembro, no bairro Volta Grande 4 em Volta Redonda. Foi na casa do cara, do Dissu, mais precisamente, no quarto. Então vá imaginando a proporção espaço x pogo. Foi o show em lugar mais apertado que já fui, e foi bem melhor do que imaginei.
A primeira banda foi Deaf Kids. Desde a gravação da demo que rola um burburinho sobre a banda. O vocalista e guitarrista, Douglas, gravou todos os instrumentos e lançou a demo. Mas, não dá pra fazer show ao vivo assim, correto? Aí entra Robin e Angu. Eles tocam bateria e baixo, respectivamente. Pela empolgação do show, era a banda mais esperada. A pegada crust e a influência do Discharge animou todo mundo. O show foi massa. Pogos, danças e gente em cima do guarda roupa foi freqüente. Baixe a demo deles aqui.
Depois foi a vez do Zähc. Eles tem quase cinco anos de banda, fases musicais distintas e integrantes diferentes. Acredito que em função disso eles mudaram de nome. Agora a banda chama-se Ungrave. Esse show foi o último com o nome antigo. E continua a mesma formação: xDinox no vocal, Fritz na guitarra e Robin na bateria. A pegada grind/metal da banda me fazia olhar só pro Robin, que pra manter o ritmo mais que acelerado fazia várias caretas. Todas justificáveis!
A última banda da noite foi a carioca, Pés Descalços. Eles terminaram há pouco tempo uma tour Sul/Sudeste. Dessa vez foi à vez de Volta Redonda. A banda me lembra a outra carioca Vivenciar e bandas influenciadas pela Dischord, principalmente pelos momentos experimentais. Esse foi meu primeiro contato com a banda, uma pena eles não poderem ter levado o EP novo e as blusas.
Além das distorções e de tocarem bem alto chamou minha atenção o fato deles tocarem com vontade. De dançar, pular, tocar, perdendo a palheta, gritando a letra da música fora do microfone. Vontade de tocar em lugares pequenos e sem distância entre público e banda. Eles falaram sobre isso, e ainda, disseram que se alguém quisesse pegar os instrumentos e tocar, poderia. Na última música rolou isso! Eles falaram também sobre os papéis de gênero, que ainda são fortemente reproduzidos e vividos dentro de quem vive o punk. Durante o show algum integrante parou para amarrar o cadarço do tênis. E, mais do que rápido, algum carinha se apressou para demonstrar que é um dos homens que não pensa questões de gênero. Ele gritou “mulherzinha” porque ele parou para amarrar o cadarço. OI?
Essa foto não é do show de VR. Estava no fotolog da banda, sem os créditos.
Fotos do Deaf Kids e Zähc tiradas por mim. Não nasci pra ser fotógrafa.
Depois do show rolou uma macarrão com molho de soja, feita pela tia do Douglas, que tava muito, muito boa!
4 comentários:
haha q bagunça! a Dani me falou mto bem desse show, queria ter ido.
Deve ter sido massa!
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