Power trio, power trio. Três pessoas se juntando para gastar tempo junto fazendo música e/ou barulho. Não importa se é bateria, baixo e guitarra, bateria e baixo e vocal ou bateria, guitarra e vocal. O fato é que tem power trios que fazem um som tão, tão, tão bom que fazem desnecessárias mais pessoas. Quer exemplos? Cólera, Dinosaur Jr, Le Tigre, Husker Du, e segue.
Para nosso prazer e deleite auditivo selecionei seis power trios, 24 pessoas com seus respectivos cacarecos que vale a pena conhecermos. São três bandas do Brasil e três gringas. Vamos lá?
Derrotista, de Campina Grande (Paraíba) para o mundo
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Derrotista @ Mogi Guaçu |
O punk rock da banda tem aquela assinatura do tempo: meados dos anos 2000, quando os solos de guitarra ficaram mais marotos e a sonoridade mais crua. Aqueles riffs que ficam levemente em looping, o tempo da música permitindo que os ombros balancem sem que você perceba. Para quem gosta de The Renegades of Punk e Velho. Os vocais são alternados: de garoto e garota. E as letras falam sobre gênero e libertação animal, por exemplo. No ano passado eles lançaram um ep com 7 canções, que podem ser ouvidas e baixadas no bandcamp da banda (link ali em cima). A banda é Abu, Ri e Bené.
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Kitten Forever, de Minneapolis (Minnesota), para alegria das body positive
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Orelha de coelho, quem não precisa? Foto retirada do tumblr da banda |
Não me lembro como, mas conheci a Para Sempre Gatinhx recentemente. O que me fez ouvi-las foi o nome de um de seus álbuns, o "Fat Crush", de 2007. O tal álbum tem uma música de mesmo nome. Nela, a frase "I want you to look at me" é repetida diversas vezes. Não sei como é a letra da música, mas o fato do nome dela ser "Fat Crush" e dizer "I want you to look at me" é empoderador, foda, além de ser algo que não me lembro de ter ouvido em outras músicas por aí. O som delas é aquele punk rock torto, bateria, baixo e voz, o vocal Allison Wolfe style, com direito a gritos e agudos. A outra banda que me lembrei ao ouvi-las foi a Hey Girl! e Cold Cold Hearts. O Kitten Forever foi formado em 2006, tem 4 álbuns. Não sei se elas ainda tocam, mas vale a pena ouvir a discografia delas. Elas tem um
clip da música Great Big Lies, e aqui
ao vivo. A banda é Corrie (bateria), Liz (vocal) e Laura (baixo).
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She Hoos Go, de Pelotas (Rio Grande do Sul), roque, roque e roque
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She Hoos Go @ Grito Rock Pelotas 2013 |
Sabe aquelas cenas de filme em que a protagonista tem um tanto de raiva no coração e o vento batendo no rosto? Seja porque ela está correndo, andando de bicicleta ou em algum carro? Então, foi assim que me senti quando ouvi a música "Nothing" da She Hoos Go. Música chiclete, com vocal melódico, solos nas horas certas e a parada da bateria, com a voz e baixo acompanhando por um tempo. Com influências de Distillers, L7 e Babes in Toyland a banda tem três canções no soundcloud. A banda é: Daiah (vocal e guitarra), Simone (bateria) e Ana (baixo).
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Bad Bad Hats, de St. Paul (Minnesota), não sei se lá tem praia, mas o som é lo-fi praiano
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Bad Bad Hats tocando no Studio 5 - Foto: KFAI |
Se você me perguntar eu te digo: não gosto muito desse som praieiro à moda Best Coast. Gostei sim, uma época, e atualmente se ouço já rola aquela aflição. O Bad Bad Hats tem aquele lo-fi praiano, com direito a solinhos e a um vocal fofo, afinado e mais para o agudo. O single deles é o "It Hurts", lançado em janeiro desse ano, e ao contrário de machucar, ele vai grudar em você. A estética da banda e dos integrantes dela remetem a filtros do instagram, folhas secas, luzes e uma boa dose de hipsterismo. Você vai ouvir e ficar dançandinhx na cadeira. A banda é Kerry Alexander (vocal e guitarra), Chris (bateria) e Noah (baixo).
Ouça "Learning to Sleep" e "It Hurts".
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Trash No Star, da Baixada Fluminense (Rio de Janeiro), distorção sem moderação
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Trash No Star @ Festival Vulva la Vida 2013 - Foto: Elaine Campos |
Vi um show da banda este ano, no Festival Vulva la Vida. A Letícia toca com os dedos, mãos, braços e corpo inteiro. Pulando, quase entrando em transe e cantando. O som da banda é um punk rock rápido, com vocal urgente, passagens noise e uma boa dose de distorção e solos. Em breve a banda vai lançar um álbum pela Transfusão Noise Records. O single do álbum, Take The Pills, já foi lançado e pode ser ouvido
aqui. A banda é Letícia (vocal e guitarra, que também toca no Cretina), Felipe (baixo) e Angel (bateria).
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Trash Kit, de Londres (Reino Unido) não são brasileiras mas tem a cara pintada (sim é podre. e eu não pude evitar!)
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Trash Kit - Foto: Ochi Reyes |
Bateria, bateria. Ela comanda o ritmo do álbum "Trash Kit", que ao longo de 17 músicas e 28 minutos traz um som totalmente diferente das bandas acima. No myspace delas a definição para o tipo de som é "afro-beat e power pop". Se você for um conservador é melhor não tentar ouvi-las. "Oh, oh, oh", vários riffs e ritmo cadenciado com forte referência à música africana. E, em algumas vezes, os vocais lembram o do Mika Miko. O
Clipe da música "Cadets" é uma festa que começa com um cara anunciando "Chick's Attttack!". E se isso não for suficiente para você querer assisti-lo, tem gente com rosto pintado, se libertando, com fantasias lindas e até mesmo cores psicodélicas. Não me lembro aonde baixem o álbum delas, mas em breve upo e disponibilizo para download. Elas se arriscam e dão as belas caras a tapa (e a tinta). O que mais você quer? A banda é Rachel Aggs, Rachel Horwood and Ros Murray.
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*Algumas fotos não foram creditadas porque em seu post de origem não havia o crédito.
4 comentários:
Power trios são mara!!!
Como sou desinformada, não conhecia nenhuma das bandas!
O fato do Derrotista ser da Paraíba (minha terra linda) já fez a banda ganhar diversos pontos comigo, vou ouvir todos o/
:*
Maura - Blog da /mauraparvatis.
Amei a postagem!! Sou de Pelotas e vejo She Hoos Go com frequência e as gurias arrasam!!!! Tive o prazer de ver Trash No Star e detonam tbm!!
Ouvirei as outras!!!
;)
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