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domingo, 27 de setembro de 2015

Carrie Brownstein, Parabéns!

Foto: Kyle Gustafson for The Washington Post


A nossa queridíssima Carrie Rachel Grace Brownstein completa hoje 41 anos! Essa libriana é dona de solos incríveis, pulos lindos, dancinhas espertas e subidas na bateria da Janet. Claro, ela é também co-criadora de Portlandia, escritora, atriz e diz a imprensa marrom que girlfriend da Taylor Schiling, a Piper de Orange Is The New Black. 

 




Sleater Kinney, Wild Flag, The Spells, Excuse 17 são as bandas mais importantes de Carrie, que é uma importante figura do movimento Riot Grrrl. Nós somos extremamente gratas por sua existência e seu magnífico encontro com Janet e Corin, formando Sleater Kinney há alguns anos. 



Nós vamos celebrar o aniversário dela, claro! Com algumas fotinhas de apreciação e uns vídeos que ainda não tinha compartilhado aqui. Mas a parte mais especial, para mim, é este gif que fiz em 2013, em outro post de feliz aniversário para ela. 

Parabéns, Carrie, you're the bomb! 



Selecionei três vídeos, o primeiro uma entrevista bem engraçada entre ela e Kim Gordon sobre seus respectivos livros. Kim lançou "A Garota na Banda", que fala sobre o fim do Sonic Youth, seu casamento e sua carreira e Carrie lançou seu livro de memórias "Hunger Makes me a Modern Girl", ainda não traduzido para português. Já o livro de Kim foi lançado pela Fábrica 231, selo da editora Rocco e você pode ler um trecho online.

O segundo é o clipe do The Thermals da música "I Don't Believe You", protagonizado pela nossa super heroína das guitarras. Ah, e pra matar a saudade peguei também o vídeo de Sleater Kinney tocando "Jumpers" no The Planet, bar sapatãn de The L Word. Lembro que a primeira vez que vi quase caí da cama (eu não sabia). Aproveitem!





sábado, 12 de setembro de 2015

listamos: As 15 músicas mais pesadas de Sleater-Kinney



Para quem é viciada em música, não basta apenas ouvir e/ou saber a letra, ir aos shows da banda, ter a blusa e um poster na parede. E nem de longe tentaria definir como uma viciada em música age pois isso não me interessa. Identifico esse tipo de pessoa a partir da relação que ela estabelece com a banda e as várias implicações disso. Dito isso, acredito que o termo "música pesada" tem significados múltiplos e distintos para cada ouvido. Pode ter uma conotação puramente sonora, relacionada às letras e a mais interessante para mim é quando o termo designa a carga emocional de uma canção.

O "música pesada" desta lista significa justamente isso, a carga emocional que a música carrega - tanto de quem a fez quanto a de quem ouve - e que a torna diferente das outras. Nem melhor, nem pior, apenas diferente. Esse peso é aquela fagulha que te permite sentir a ligação cósmica entre as vozes e guitarras de Corin-Carrie e a bateria da Janet. E essa ligação entra em você como se fosse uma força, como se fosse futuro, como se fosse a sua droga preferida, como se fosse a memória feliz que te ajuda a conjurar o seu patrono, como se fosse a sua infância e aqueles sentimentos e sensações que você só consegue entender com música. Em uma entrevista para a Rolling Stone em janeiro deste ano a Carrie disse isso:

"I feel like Corin knows the map of my veins. And you don’t always want someone to know those things"

E é isso também um pouco o que uma "música pesada" é para mim.

Arrisco a dizer que os carros chefes de músicas pesadas de Sleater-Kinney são os álbuns Call The Doctor (1996) e The Hot Rock (1999). Mas claro que em outros álbuns encontramos esses sons que nos deixam no chão, porque esse peso é inerente à música que está dentro delas. Acho que é possível chegar a um consenso sobre quais são as músicas pesadas delas, mas não a qual é a mais ou menos. Essa lista não tem interesse em sugerir a mais pesada, por isso a ordem será de acordo com os álbuns. Os critérios de seleção das "músicas pesadas", foram: carga emocional da música, letra e o climão que o som proporciona.

PS: Talvez essa lista tenha mais sentido pra mim e minhas amigues porque a categoria de "música pesada" é abstrata e subjetiva. O objetivo dessa lista não é ser definitiva ou um tratado. 
Achou que faltou algum som? Como seria a tua lista? 


Vamos lá?


Self Titled (1995)

Slow Song - Aquele respiro, sabe? Os melhores riffs da vida já no primeiro álbum. Elas são deusas assim.



Call The Doctor (1996)

Anonymous - é uma tentativa. Da garota que falou de mais. Tudo o que ela tinha eram as palavras, mas no fim ela estava apenas enganando a si mesma. Corin e Carie repetindo "anonymous" é quase uma espiral que te suga pra você olhar pro que você fez. Pro que você se tornou e pro que você fugiu.




Good Things - Não há absolutamente nada de leve nessa música. O riff inicial é de deixar o coração fazendo um movimento estranho enquanto ele bate. É a música que ensina: "some things you lose, some things you give away".



My Stuff

"Leave me without a God, without belief, without a cause
Without a path that I should take, without a choice that I should make
Such an easy thought and now I had it but I lost it
I guess I need your help and now I guess I need your help and now I"












Dig Me Out (1997)

Dig Me Out - Hits podem ser pesados sim. Especialmente quando estamos falando desta música.



One More Hour -  Dançar sobre nossos corações partidos é purificador.



Things You Say - Essa não é nem tão pesada, mas quando ouço sempre dou uma murchadinha. Fica um pouco de vida pra fora me lembrando que "it is brave to feel to be alive".







The Hot Rock (1999)

God is a Number - Se você ouve rápido talvez não se ligue no peso. Mas a partir de 2 minutos de som tudo fica mais obscuro. Os riffs se intensificam, Corin começa a murmurar e depois a gritar "I need something to believe". O que as vezes penso ser uma verdade universal.



Don't Talk Like - Don't Talk Like está para Good Things no quesito peso assim como No Cities To Love está para A New Wave no quesito animação. Os solinhos destruidores de um lado, do outro a guitarra abafada e a Janet só nos pratos enquanto a Corin nos mostra que há uma parte de todo mundo que funciona como se fosse uma criança. Isso é belo pela leveza de ser criança e pode ser venenoso por não conseguir deixar de ser essa criança.



Get Up"Do you think I'm an animal? Am I not?"






The Size of our Love - Pelo amor da deusa né gente, eu não preciso falar absolutamente nada sobre essa música que até um violino depret de fundo tem, que se mescla na voz da Carrie como aquele gole de uma bebida que desce do jeito que você precisa.




Memorize Your Lines - Se eu explicar essa é porque a gente não está entendendo nada sobre Sleater-Kinney.





All Hands on the Bad One (2000)

Was it a lie - Elas sabem deixar a gente no chão.




One Beat (2002)

One Beat - A música fala por ela mesma. Fiz um post todo só sobre a música e o álbum, bem aqui.





The Woods (2005)

What's Mine Is Yours - Essa música é more than a feeling. Quem não se meche ouvindo o riff inicial é porque olhou no olho da Medusa e foi transformada em pedra.





E o alívio de terminar a lista e de ouvir esses somzão pesadão: 

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Há 13 anos, "One Beat", sexto álbum de Sleater Kinney, era lançado




Todas as fotos por Carla Duarte





"One Beat" foi a música que acompanhou a minha entrada na colação de grau, há exatos 364 dias. Amanhã, terei um ano de formada e ainda hoje - dia de lançamento do sexto álbum de Sleater Kinney - consigo me lembrar a mistura de sensações que foi andar naquele corredor lotado, ouvindo uma das músicas mais poderosas delas e que mais mexe comigo. Depois disso, "One Beat" nunca mais foi a mesma coisa para mim.

Se tornou um pedaço de mim ao se personificar em forma de música no rito de passagem mais importante da minha vida. A batida da bateria, torta e cadenciada, os riffs perfeitamente simples e ainda complexos, aquela voz da Corin Tucker que saí direto do estômago direto na minha cara explodindo todas as borboletas com "oh, oh, oh". Tudo isso ficou totalmente impregnado em mim. Minutos depois da música ter parado de tocar, ela ainda dava o ritmo do meu coração e deixava a minha cabeça cheia. Este mês, o zine se tornou mais um pedaço de mim. Foi quando terminei meu primeiro zine sleaterkinneyniano, o não por acaso One Beat, que em meio a colagens registra trechos de algumas letras delas.






Hoje me dei conta da relação cósmica, do acaso e linda que entrelaça a minha história a delas. Em 2002 elas lançavam o álbum pela Kill Rock Stars e um dia depois, em 2015, eu me formava ouvindo a música que dá nome ao álbum. Hoje também é aniversário de uma das minhas melhores amigas, a qual eu presenteei com uma cópia do One Beat em cd em seu último aniversário. Isso pro meu olhar pisciano é significativo e mágico demais. Por isso, não tinha como esse texto não ser ainda mais pessoal do que os meus textos já costumam ser. E isso é incrível. É um sonic push for energy porque I decided to show myself. Oh oh. 

Na minha história de ouvinte e apaixonada por Sleater Kinney, demorei muito para ouvir o One Beat. Passei muito, muito tempo ouvindo All Hands On The Bad One, naquela frequência absurda e que hoje não me permite ouvir da mesma forma, pois meus ouvidos ficaram desgastados. Me lembro da Puni, por carta, dizendo que este era um de seus álbuns preferidos e que eu deveria ouvi-lo com atenção, pois este era extremamente politizado e crítico, e sonoramente ele já é diferente do All Hands. Guardei o conselho no meu coração e esperei o tempo apresentar o melhor momento para ouvir o disco. E quando a hora chegou...

Aquele clima soturno (como o de The Remainder) que habita o álbum e perpassa todas as músicas entrou na minha cabeça. O clima de instabilidade política de 2002, com Bush e cia envergonhando a humanidade pode ser um pouco dessa materialização pesada do álbum, nas músicas "Far Away" e "Combat Rock". Esse disco não é leve, não há nada leve nele. Não é fácil. Tem o peso de Corin, Carrie e Janet e quem manja sabe o quanto é pesado e bonito e intenso e mágico. Tem o peso de uma década. De uma bateria forte, de riffs que horas são vulneráveis e hora se protege de um soco que está prestes a chegar. One Beat não é uma coleção de clássicos. É quase um fim. Depois dele, The Woods foi lançado em 2005 e ficamos quase 9 anos aguardando elas saírem do hiato. É o oposto de All Hands e Dig Me Out.  One Beat termina como poucos outros, numa sequencia de explosão, em "Hollywood Ending" e de perigo eminente, em "Sympathy". One Beat é uma anunciação de força, de presença, de desconfiança que ratifica que Sleater Kinney não tem a capacidade de produzir algo mediano ou bom. 






segunda-feira, 8 de junho de 2015

resenha: Sleater-Kiney, 24 de março de 2015, Manchester, Reino Unido

Fotos Marcelo Mama


Coluna do Mama

“And when the body finally starts to let go
Let it all go at once
Not piece by piece.”


Então era isso, eu estava ali no Albert Hall em Manchester. Vendo e ouvindo e sorrindo e dançando Sleater-Kinney! Carrie, Corin e Janet tocavam "Get Up" e era já a metade do set, eu acho. Na hora eu nem sabia disso e só me importava com não perder a cadência da respiração. Eu sou uma pessoa que se abate fácil e constante e,  quando elas começaram a tocar esse som com Corin dando esses conselhos do começo da letra:

“E quando o corpo finalmente começar a se esvair
Deixe ir de uma vez
Não em pedaços”,

foi pra mim um dos momentos de maior catarse nesse show ( e olha, não foram poucos não! :) ), meu coração batia na rítmica de Weiss e eu sentia minha corrente sanguínea fluindo com os riffs daquelas duas guitarras da união Browstein-Tucker, as vozes que entravam em mim se aconchegando no meu peito, e um tal burburinho que estava no meu coração (quase como aquela água que começa a ferver pro café) numa ligação direta com a cabeça, apenas aguardando o momento correto de se deixar levar e explodir num “Oooooooh get up!”. Deixando as pernas, braços e quadris irem juntos, no meio de tanta gente desconhecida mas também incrivelmente alegres/eufóricas/chocadas/insanas/chorosas, que fizeram daqueles minutos essa experiência, de fato, inesquecíveis.

Eu mantenho essa memória muito viva, parece que eu saí de lá com uma tatuagem numa região especifica do cérebro pois é algo que eu sempre acabo precisando. Não foi por acaso que eu resolvi começar a falar do show por esse momento.


Esse é um texto que devo ter escrito há mais de 2 meses já, foi dia 24 de Março e uma das promessas que eu fiz quando saí das perdizes, foi que com certeza iria escrever sobre isso para o blog/zine mais sleaterzístico do pedaço, esse Cabeça Tédio. Mas as palavras não saíam. Então, ter lido a experiência da Puni me ajudou muito. Perceber as emoções dela descritas da maneira que estão, por também ter presenciado essa coisa mágica que é estar presente num show das Sleater-Kinney. Isso me inspirou a finalmente pôr meu relato pra fora. Assim como as sábias palavras de Carla me motivaram bastante.

E é por isso que eu volto a esse momento delas tocando "Get Up". Pois é uma das memórias que eu cultivo pra não deixar a tristeza se fazer muito confortável dentro de mim. E ah, como eu preciso de momentos assim! É reconfortante poder existir (dentre outras bandas, claro) esse S-K que pode promover isso. Me evitar enlouquecer em sofrimentos auto-depreciativos ou problemas despropositadamente desproporcionalizados. E o melhor de tudo, sabe qual é? A importância da banda e a relação que muitas pessoas também tem com ela! Não é só comigo, cada pessoa tem suas sensações e euforias revitalizadas, remexidas e saber disso é como respirar tranquilamente em um momento de paz.

Por favor não estranhe essa resenha de show baseada num instante congelado. Mas a minha experiência foi bem próxima a isso por ter uma relação especifica com a banda. Assim como cada uma tem a sua e eu tenho com outras bandas. Viva as nossas pessoalidades que se encontram por conta disso!

É impossível não passar por uma jornada paralela de pensar nas pessoas queridas, amigas que gostam da banda, com quem já conversei sobre, com quem já ouvi um som... pessoas que eu desejo muito que vejam elas ao vivo, porque todas merecem. As saudades que bateram... o fato de um dos meus melhores amigos ter visto o show delas antes no Canadá e ter naquele relato de whatsapp o ótimo sentimento que elas deixaram nele. Poxa, isso é Sleater-Kinney pra mim também! É um pouco do efeito que tiveram a minha vida. Né Carla? Quando a gente se conheceu foi uma das nossas primeiras conversas e cá estou eu, depois de ter visto o show, escrevendo sobre.


Ok, tem uma maneira mais prática aqui de descrever o show, que foi como eu me senti no final. Era muita ansiedade antes delas subirem ao palco e parecia que aquilo já durava dias. Quando, de repente, lá estavam Carrie, Corin, Janet e Katie com seus instrumentos encaixando música atrás de música... ah, como tocam! Pareciam que 30 segundos haviam se passado e elas já não estavam mais lá, as luzes se acenderam. Ai ai, foi muito rápido... (como na canção do Fragile Arm “...que vem forte, passa rápido e seca logo”).

Mas, me organizado um pouco melhor, a visão mais crítica do show consegue vir à tona. A banda de abertura, The Pins, foi bem bacana. Deu aquela refrescada ouvir musicas que eu nunca tinha ouvido antes. A baterista tinha uns trejeitos parecidos com os de outro dos meus melhores amigos (que também estava naquela mesma conversa de whatsapp), e me fez gostar ainda mais! Deu aquela marejada nos olhos. Elas todas cantavam numa dinâmica bem legal mesmo e deixaram a casa num clima muito do bom.

Então tá, era chegado o momento.
A felicidade se espalhava, os gritos e as palmas e pimba: lá foram elas a tocar. O set list estava bem baseado no último disco, o que não podia deixar de ser... e que belo disco, não?! É a fase delas e, como até já falamos isso em outros textos (aqui e aqui), a banda acaba se caracterizando e se diferenciando bastante pela fase de disco (pelo menos nessas nossas opiniões por aqui). Ao vivo não parecia diferente pois os sons que mais preenchiam eram mesmo os do No Cities To Love. Também porque ali a galera fez a tal lição de casa e cantava principalmente esses sons, acho que a bela surpresa que foi a volta+disco novo+shows deixou todo mundo empolgado pra caramba. 

Elas também tocaram bastantes sons do The Woods, que por ser um disco mais próximo a essa continuidade que estavam dando com a banda, eram outros que ressoavam bastante o ambiente inteiro, ficava um som cheião, rock mesmo, bandona!


A dinâmica do show funcionava mais ou menos assim: pra tocar os sons do No Cities To Love, a muito talentosa Katie Harkin (que toca na banda Sky Larkin) se juntava a elas, tocando ao lado de Janet a sua guitarra, e por vezes um tecladinho ou até uma percusão, preenchendo as músicas em alto estilo.

E quando ela saía do palco e deixava as três, era a hora que vinham os sons de antes do hiato. Os hits do nosso cotidiano. Nossa, e teve hits mesmo! Acho que por estar ouvindo muito o The Hot Rock na época, "Start Together" foi um som cabulosíssimo quando veio.

Mas não era isso que eu ia dizer. O meu comentário abalizado é que, sem dúvida, ir ao show das S-K teve aquele fator sonho realizado pois tava tudo lá! A bateria da Janet cheia de sorrisos e balançadinhas de cabeça, sempre direta ao ponto. A guitarra mais grave da Corin, que mesclam linhas de menos notas com seus riffs que combinam e destoam ao mesmo tempo dos riffzinhos mais agudos e caminhantes da Carrie. As dancinhas e jogos de perna invejáveis que só ela sabe! As trocas de olhares, os sorrisos confortáveis. As harmonias de vozes das três. O vocal da Carrie meio anasalado. E a Corin que, só ela, chega fazendo aquele agudo, aquela gritadinha, que vai la em cima e leva a gente junto! Nossa, nossa, show de Divas!

Outra coisa que deu pra notar bastante são as diferenças dos climas de discos. E como em alguns sons mais velhos, aquele estranhamento da individualidade de cada uma em seu instrumento se somando a uma mesma canção é sensorialmente forte! E causa essa novidade, a vontade pela empatia e auto-conhecimento, a busca. E ainda mantendo a unidade da mesma banda, deixando todas as pessoas ali confortáveis. Sim elas são Sleater-Kinney! Não há dúvidas, nunca haverá.


Na volta ao palco (o tal do encore) Corin volta só com o microfone com Katie na sua guitarra, cheia daquela malemolência, pra tocarem Gimmie Love. Um show à parte dela, muito a vontade só com o microfone, sem precisar da guitarra.

Durante o show eu fui invadido por muitos sentimentos e seria injusto também não expor que as músicas daquele jeito, ao vivo e na minha cara, me trouxeram muita reflexão e aquela busca do auto-conhecimento. Também, o pesar de erros e besteiras feitas e futuras, mesmo que por vezes não intencionais. Ou movidas reativamente por essa bagunça que é a cabeça e os pensamentos que nela habitam. Pois a banda faz, sim, lembrar de dias passados e pessoas que ficaram lá, ou pessoas que não se tem a mesma convivência (pelo motivo que for), mas que sabem que elas também tem, ou poderiam ter, as suas relações e momentos com a banda. E esse show é uma experiência que todas deveriam passar. Então é bom poder pôr os pés no chão e tentar seguir tentando compreender mais os erros e coisas passadas, relembrar bons e maus momentos nesse pretérito imperfeito. E nunca se esquecer dessas canções que já te fizeram sentir o que precisava ou o que pode precisar. E tem uma música que acho que me trouxe em especial pra isso também. 

Sim, elas tocaram "One More Hour"! E sim, foi lindo!

E eu vou me colocar esse limite de ficar lembrando e lembrando e comentando cada som e momentos que surgem em mente, se não isso nunca vai ser postado haha. Como um comentário final, acho que muito da magia do show foi por causa dos meus olhos mas eu tinha uma expectativa e ela foi excedida! Foi incrível pra mim! E isso conta alguma coisa, eu espero. Cada pessoa viu um show, tem gente que viu elas em outras cidades, tem gente que viu em outras épocas, tem gente que ainda vai ver. Os dias são diferentes, os lugares são diferentes, os climas são diferentes, as pessoas são diferentes.

“There are no cities, no cities to love
It's not the city, it's the weather we love!
There are no cities, no cities to love
It's not the weather, it's the nothing we love!
It's not the weather, it's the people we love!”






quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

"A New Wave", música do novo álbum de Sleater Kinney, tem clipe lançado

O vídeo foi realizado em parceria com os animadores do seriado Bob's Burguers



Sleater Kinney está na ativa e elas são destruidoras mesmo, viu viado? O clipe de "A New Wave", do álbum lançado em janeiro, No Cities To Love, foi lançado hoje. A produção é uma parceria com os animadores do seriado Bob's Burguers e mostra Janet, Carrie e Corin tocando no quarto da Tina Belcher. E olha, ficou muito do coração!





Depois dessa, só tenho uma coisa pra dizer:





segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Assista o primeiro show de Sleater Kinney em 9 anos

Até março, trio segue com a tour de No Cities To Love que passa por Estados Unidos e Europa 


Foto: Lance Bangs


Após um hiato de nove anos, Sleater Kinney voltou aos palcos no dia 8 de fevereiro. O show em Spokane (Whashington) foi o primeiro da tour de No Cities To Love, novo álbum da banda, lançado em janeiro de 2015. Até agora, Janet, Carrie e Corin se apresentaram sete vezes, todas nos Estados Unidos. Além das novas músicas, o set list dos shows conta com clássicos, como, Dig Me Out, One Beat, Jumpers, What's Mine It's Yours, Start Together, Get Up, Words and Guitar, Entertain, entre outras. Na fanpage do Sleater Kinney alguns set list foram divulgados.


Set List do primeiro show - Foto: Trisha Serrano



A fotógrafa Chona Kasinger mostrou para a Rolling Stone o backstage do primeiro show, e a alegria delas enche de amor o coração dos sleaterkinneyhead. Quer ver mais fotos ao vivo? Siga o perfil de Lance Bangs no Instagram. Além de ser marido da Corin, ele está fotografando e filmando alguns shows o que no futuro pode ser algo muito maravilhoso para nós. Para além da música, uma das novidades da banda é o novo cabelo de Carrie Brownstein, que está loira desde o primeiro show. Como não amar?!


Foto: Jesse Mullen 

Foto: Xander Deccio


E o que falar sobre o merch da banda?! Blusas, o novo disco, bolsas, está tudo lá. Um detalhe super bacana é o apoio de Sleater Kinney à organização Planned Parenthood Action (PPA), que defende os direitos reprodutivos das mulheres há mais de 100 anos. Além da ong estar participando do merch da tour, a artista Molly Schiot criou uma estampa de SK em apoio ao PPA, e claro, o valor da venda dessas blusas vai para a ong.

Fotos: Kristen Sales (colagem: CT)


10 videos to love


Claro, deixamos o melhor para o final. Selecionei vários vídeos de Sleater Kinney ao vivo e os coloquei na ordem cronológica dos shows. O critério foi qualidade de imagem e de áudio, por isso, não temos apenas vídeos do primeiro show. 

Se joga nessas Good Good Things! 


No Cities To Love @ Spokane (WA, 08/02)




No Athens @ Spokane (WA, 08/02)




Simpathy @ Spokane (WA, 08/02)




Dig Me Out @ Spokane (WA, 08/02)




One Beat e Hey Darling @ The Depot (Salt Lake City, 10/02)




No Cities To Love e Bury Our Friends @ The Depot (Salt Lake City, 10/02)




Jumpers @ The Depot (Salt Lake City, 10/02)





What's Mine It's Yours @ The Ogden Theater (Denver, 12/02)



One More Hour @ First Avenue (Minneapolis, 14/02)



Modern Girl @ First Avenue (Minneapolis, 14/02)


Bootleg - Sleater Kinney @ Ogden Theater (Denver)


Um serumano maravilhoso disponibilizou o audio completo do show em Denver, que rolou no dia 12 de fevereiro. Você pode baixar o áudio, ouvir sem parar e ser feliz para sempre =)  

 

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

revivere: As bandas ovulares do Riot Grrrl estão voltando!

Sleater Kinney volta a tocar e L7 e Babes in Toyland anunciam shows de reunião




2015 chegou há pouco tempo e está sendo melhor do que um sonho. Até agora, três bandas Riot Grrrls/de mulheres anunciaram que estão voltando a tocar, seja para shows de reunião ou em definitivo. Para quem nasceu nos anos 1980 e gosta e acredita na cultura Riot Grrrl, em mulheres empoderadas e inspiradoras, o momento é de tentar aproveitar para ver hoje bandas que fizeram história durante os anos 1990.


Mas, pera! Não sabe o que é o movimento Riot Grrrl? Sleater Kinney explica!



Até agora, Sleater Kinney foi a única banda que anunciou que está de volta. Após um hiato de quase dez anos, no dia 20 de janeiro elas lançaram o full lenght No Cities To Love e saem em tour do álbum nos Estados Unidos e Europa em fevereiro. Mas a volta de Carrie, Corin e Janet não veio sozinha, ainda bem. 

Donita Sparks e as L7 também aproveitaram o início do ano para dar mais boas notícias para as viciadas em música: além de show de reunião, elas divulgaram o KickStarter (financiamento coletivo) do documentário Pretend We're Dead, dirigido por Sarah Prince. A boa notícia é que elas estão quase atingindo a metade da meta. Confira o trailer:


A banda de Los Angeles até agora divulgou shows na Espanha e França e garantiu que outras datas serão acrescentadas. Quer saber porque elas voltaram? Vontade de tocar para quem gosta delas. Esses serão os primeiros shows da banda em 15 anos de hiato. 

Em janeiro Babes in Toyland anunciou shows de reunião em Los Angeles e no Reino Unido. O trio de Minneapolis volta com a formação do disco Fontanelle (1992), com Kat Bjelland, Maureen Herman e Lori Barbero. Kat disse ao site NME que elas voltaram por causa dos fás, que até hoje tem expectativa em ver a banda. Até agora, elas não falaram sobre novos álbuns ou uma volta permanente, mas mesmo apenas o show de reunião resgata o legado delas, e consequentemente, de uma geração de mulheres que criaram seu próprio espaço em uma cena e indústria machista e com pouca representatividade de mulheres roqueiras. 

Segura o forninho


Quem puder ir ao Primavera Sound Festival, em Barcelona, entre 25 e 31 de maio será feliz. Sleater Kinney, Babes in Toyland, The Julie Ruin, Ex Hex (banda da Mary Timony, que tocava com Janet Weiss e Carrie Brownstei no Wild Flag) vão tocar. A cereja do bolo é Patti Smith tocando Horses inteiro e mais um set acústico. Ufa, esse ano não está fácil para as apreciadoras dessas bandas divas.  
 

Erase Errata lançou Lost Weekend




Também no dia 20 de janeiro o trio post-punk/experimental de Oakland, Erase Errata, lançou após um hiato de quatro anos o álbum Lost Weekend, primeira gravação delas em oito anos. Atualmente, o trio é Jenny Hoyston, Ellie Ericksone Bianca Sparta. Até agora elas não anunciaram datas de shows, mas My Life in Shadows já tem clipe:


Se esse não é um janeiro incrível, não sabemos o que é! Ouça o stream do álbum e a entrevista que Meredith Graves (Perfect Pussy) fez com o trio. 

domingo, 25 de janeiro de 2015

Leia, assista e ouça: "No Cities To Love", novo álbum de Sleater Kinney

#1stMustRead: dez links sobre a volta de Janet, Corin e Carrie



Foi lançado no dia 20 de janeiro, No Cities To Love, o oitavo full lenght de Sleater Kinney. O disco quebrou o hiato indefinido da banda, que durou quase (longos) dez anos. Já contamos que o álbum acabou vazando pela próprio gravadora, a Sub Pop. Falando nela, é possível comprar duas versões do álbum, sendo uma tradicional e a outra deluxe. Com o novo disco, não ganhamos só incríveis músicas novas, mas toda sorte de fotos, vídeos, entrevistas e beleza das nossas lindeusas. Para você que não conseguiu acompanhar as boas coisas da divina trindade durante a semana, nós indicamos o que ler, ouvir e assistir para ficar muito bem servida de Sleater Kinney.

1. É possível ouvir o stream do álbum no canal do Youtube da Sub Pop
Mas lá é faixa a faixa e ninguém quer isso. Por isso, esse serumano disponibilizou o álbum completo para uma perfeita audição online!



2. Gentes famosas cantam No Cities To Love
Dias antes do lançamento do álbum, alguns amigos da banda cantaram a música que dá nome ao álbum e
NINGUÉM SAI! Ellen Page de cabelo curtinho lacrando! E J Mascis, Sarah Silverman, Fred Armisen, Miranda July, etc, etc. Repetindo: Ellen Page bofinha lacrando.



3. Carla, tem vídeo ao vivo delas?
Tem sim, flor. Veja o primeiro, delas tocando A New Wave no David Letterman.



4. O vocal poderoso da Corin? Vai bem, obrigada!
Quer ver? Confira um vídeo do trio tocando Suface Envy no Conan Show.



5. Se você viu os vídeos, viu que Katie Harkin agora faz parte da banda
Ela é a nova integrante para tours e shows de divulgação do novo álbum. Não, ela não toca baixo e sim guitarra, teclado e meia lua (ou algo parecido com isso) e faz parte também do Sky Larkin. Ouça um som deles e saiba mais sobre ela.

6. Quem fez o download do álbum via Sub Pop tem acesso a duas músicas extras (e que são maravilhosas, claro)
São elas a roqueira The Fog and Filthy Air e a tesuda Heavy When I Need It. Ouça!!

7. Para quem ouve em inglês, pfvr ouça essa entrevista ótima que a NPR fez com o melior trio punk do mundo. 

8. Se alguém falar que No Cities é um "álbum de reunião" ou qualquer outra bobagem sobre elas, pode tá esclarecendo que "Não é um reunião, é uma continuação".
É o que afirmou Carrie Brownstein para a Billboard. Isso porque "Sleater Kinney é um mecanismo que existe fora de nós três. Existe uma inevitabilidade nisso. É algo que nós podemos falar juntas e não podemos falar separadamente". É muita amorisadade e criatividade entre mulheres mesmo. Leia a entrevista, que é ótima.

9.Abbi Jacobson e Ilana Glazer, atrizes da série Broad City, entrevistaram SK. Tem o vídeo e também esse link com comentários sobre a entrevista. 

10. JAQUETAS. JA-QUE-TAS!!
As responsáveis por essas jaquetas que estão te dando inveja e vontade de sei lá o que são Kemal & Karla e esse é o Instagram pra seguir @kemalandkarla.



domingo, 28 de dezembro de 2014

"No Cities To Love", novo álbum do Sleater Kinney, vazou pela Sub Pop

Acidente foi o maior presente de Natal para as fãs de Corin, Carrie e Janet


Vejo as mãos quase dadas de Corrie ^^


Um ~erro~ cometido pela Sub Pop, selo que vai lançar "No Cities To Love", novo álbum do Sleater Kinney, fez com que nós, sleaterheads, ouvíssemos o disco com três semanas de antecedência. O stream do álbum foi liberado para quem fez a pré-order do álbum no dia 22 de dezembro. A Sub Pop retirou o link do ar, mas a magia da internet já tinha sido feita: poucas horas depois já era possível baixar o disco, que será lançado oficialmente no dia 20 de janeiro.

Mais Wild Flag e menos The Woods, o álbum que é o primeiro lançamento da divina trindade em 10 anos já pode ser baixado amado. Não vou disponibilizar o link por se tratar de um lançamento que pode causar problemas por conta das leis de direito autoral dos EUA. Mas jogando "no cities to love zip" a magia já é feita. Se alguém tiver dificuldades deixa um comentário e vamos nos falando.

Billboard hearts Sleater Kinney

As senhoras são destruidoras mesmo, viu viado? Mais uma prova disso é que "Bury Our Friends", primeira música do novo álbum liberada em outubro, já entrou para a lista da Billboard como a melhor faixa alternativa/indie de 2014. É muito amor riot guêl.

A segunda canção liberada do No Cities, e que ainda não tínhamos falado sobre, é Surface Envy, que você precisa ouvir agora. E para fechar, você ainda pode ouvir essa entrevista em que elas falam sobre o novo disco.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

A volta do Sleater Kinney: No Cities To Love, novo disco, será lançado em janeiro de 2015

No Cities To Love já tem data de tour anunciada



Amigas, o quebra cabeça não existe mais. Segundo o Pitchfork, o "No Cities To Love", que falamos ontem, é na verdade o nome do novo álbum da divina trindade, Sleater Kinney, que será lançando pela Sub Pop.

O forninho nunca esteve tão pesado nessa vida. Além do álbum, Janet, Corin e Carrie vão fazer tour no próximo ano. O novo álbum é produzido por John Goodmanson, que também produziu Call the Doctor, One Beat, Dig Me Out e All Hands on the Bad One. Agora, não restam dúvidas. O meu coraçãozinho respira aliviado com o fim desse mistério. Seja bem vindo, No Cities To love.

Ah, e fiquem com vídeo com a letra de Bury Our Friends, música do novo álbum que foi disponibilizada ontem nas interwebs. Com colaboração de Miranda July, forever friend da divina trindade.



E vejam, já temos tracklist e as datas da tour de No Cities To Love:


01 Price Tag
02 Fangless
03 Surface Envy
04 No Cities to Love
05 A New Wave
06 No Anthems
07 Gimme Love
08 Bury Our Friends
09 Hey Darling
10 Fade
Datas dos shows
02-08 Spokane, WA - Knitting Factory Spokane
02-09 Boise, ID - Knitting Factory Boise
02-10 Salt Lake City, UT - The Depot
02-12 Denver, CO - Ogden Theater
02-13 Omaha, NE - Slowdown
02-14 Minneapolis, MN - First Avenue
02-15 Milwaukee, WI - Turner Hall
02-17 Chicago, IL - Riviera
02-22 Boston, MA - House of Blues
02-24 Washington, DC 9:30 Club
02-26 New York, NY - Terminal 5
02-28 Philadelphia, PA - Union Transfer
03-01 Pittsburgh, PA - Stage AE
03-18 Berlin, Germany - Postbahnhof
03-19 Amsterdam, The Netherlands - Paradiso
03-20 Paris, France - Cigale
03-21 Antwerp, Belgium - Trix
03-23 London, England - Roundhouse
03-24 Manchester, England - Albert Hall
03-25 Glasgow, Scotland - O2 ABC
03-26 Dublin, Ireland - Vicar Street

domingo, 19 de outubro de 2014

Ouça "Bury Our Friends" (na íntegra), single inédito do Sleater Kinney

Não, amiga, você não leu errado. Nós estamos falando de uma música inédita do Sleater Kinney




"Bury Our Friends" é uma música inédita do trio, lançado em um ep, junto com o box "Start Together", que traz todos os álbuns do Sleater Kinney remasterizados. O box de sete discos e um livro de 44 páginas, com fotos inéditas, está em pré venda e foi nesse final de semana que a internet conheceu a música nova.




Se você me perguntasse, eu diria que há muito do The Woods na nova canção, mas há também,uma nova sonoridade, afinal de contas, foram nove anos de hiato da banda. O rumor é que dia 20/01/15 um show de reunião será realizado. Isso porque no ep de Bury Our Friends está impressa esta data. Será que isso será real? O que o seu coração sleaterkinneyniano te diz?




Segundo o Stereogum, o flyer amarelo,encontrado pelo selo Criminal Recs, pode confirar o possível show de reunião. No cities to love? Brinca comigo, todas as que elas tocarem são cities to love.

segunda-feira, 24 de março de 2014

música: The Spells

Oh, Carrie, oh, Mary .. 


Wild Flag - Foto por Kevin

Existem timbres de guitarra que apenas algumas bandas que vieram do oeste dos Estados Unidos conseguem produzir. É isso o que os anos ouvindo as bandas de Carrie Brownstein me dizem, principalmente se percebemos as diferenças da guitarra do Sleater Kinney para outros projetos dela. Embora exista uma familiaridade, há também diferenças.

É que se no Sleater Kinney Brownstein tem uma jogada, no Wild Flag ela tem outra. Mas, não é sobre essas bandas que vamos falar hoje. É sobre o ano de 1999, quando foi lançado o álbum The Age of Backwards, do The Spells, pelo selo K Records. Acho que podemos considerar essa banda o óvulo do Wild Flag. Foi uma das primeiras bandas em que Carrie e Mary Timony (Helium, Autoclave) tocaram juntas.

A definição do som do The Spells para mim é "soturno riot grrrl" - que não nega o nome da banda, que significa "o feitiço" em português. São guitarras dedilhadas, vocais cruzados e magia Carrimony. Se antigamente eu não ouvia muito as bandas de Mari Timony porque estava dando bobeira, hoje em dia posso me dizer que já me rendi à guitarra dela.

Anos depois do The Spells, elas tocariam juntas no Wild Flag, e teriam algumas outras colaborações juntas. Há um tanto de Autoclave e Helium no The Spells, enquanto o Wild Flag é algo mais dançante e maduro, o The Spells é mais sequinho e curto.

The Spells tem apenas dois epzinhos, cada um com quatro músicas, e segundo Carrie, elas só fizeram um show. Bat vs Bird é o segundo registro, que foi lançado em 2008. Acho que ele só saiu via stream, não sei se teve versão física do álbum. Acontece que são oito canções indispensáveis para quem acompanha as duas guitarristas. Acho que o Bat vs Bird é fácil de achar, então, aproveitem enquanto o link que eu upei funciona. Indicamos: essa entrevista em que Timony e Brownstein se entrevistam e falam sobre o The Spells (em inglês). Agora, a parte boa, os downloads!



The Age of Backwards Tracklist
01. The Age of Backwards
02. Octaves Apart
03. Number One Fan
04. Can't Explain

Download The Age of Backwards 



Bat vs Bird Tracklist
01. Antartica
02. Bat vs Bird
03. Champion Vampire
04. Viola

Download Bat vs Bird

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Ilustradora retrata cinco ícones do punk feminista em seu trabalho

Sara Stode deixou Poly Styrene, Beth Ditto, Carrie Brownstein, JD Samson e Kathleen Hanna ainda mais incríveis






A artista Sara Stode esparramou amor punk feminista pelas tintas e colocou no seu traço artistas que nós gostamos demais, como Beth Ditto (acima) que aparece em um vestido arrasante no apropriado tom de lilás. As ilustrações da artista nasceram em parceira com o blog sueco Grrrl Collection, que, durante cinco semanas, publicou os desenhos de Stode com textos sobre as divas.





Em breve, o Grrrl Collection publicará uma entrevista com Sara Stode, falando sobre seu trabalho e carreira. Ainda, o blog vai vender uma edição limitada de desenhos para apoiar a artista. Muito bacan, né? Acima, Poly Styrene, vocalista da banda inglesa Xray SpeX, que faleceu em abril de 2011. Os versos mais-que-famosos "Oh Bondage, Up Yours" foram cantados por ela.




Nossa libriana preferida, a.k.a Carrie Brownstein, também foi retratada por Stode. Aliás, nós homenageamos a Carrie esses dias, por conta do aniversário dela. Não viu? Vem aqui então. 




Le Tigre e MEN. É de lá que você conhece o super rosto de JD Samson, que em breve vai lançar o ep Labor. A última música que foi divulgada do álbum é "Making Art", mas não deixe de ouvir a romantiquinha e fofa "All The Way Thru".



E poxa, mais figurinha carimbada do que Kathleen Hanna não tem, né? Sorte a nossa e dos nossos olhos essa parceria do Grrrl Colection e da Sara Stode, né?